Se alguém não gostar de nós, isso não nos faz pessoas piores como muitos inevitavelmente acabam por concluir. Pode se dizer que desde nossa mais tenra infância, muitos de nós, contingentemente ao fato de tratarmos bem o outro, de fazer coisas pelos outros, nós fomos reconhecidos e elogiados pelos nossos pais, familiares, ou até professores, e claro inclusive gratificado com a reciprocidade alheia, ou seja, as reações que discriminávamos no outro – enfim, fomos e somos reforçados por isso.

Entretanto, haverão aqueles(as) que por mais que tratamos e queiramos bem, não apreciarão nossa presença ou companhia e muito menos o que fazemos e oferecemos a ele(a). Talvez o que você não sabia é tais reações dessa pessoa, diz respeito a quem? Diz respeito a uma imensidão de experiências, senão contingências de reforçamento que contribuíram não só para refinar, mas para determinar as preferências e gostos do outro. Logo isso tem muito mais a ver com ele do que com você. E, “tcham, tcham, tcham, tcham”, praticamente é quase unânime que ao nos depararmos com este cenário, podemos entrar em contato com um sentimento um tanto quanto aversivo, típico de rejeição.

Não vou nem entrar na quantidade de coisas que muitos tentam fazer nessa hora para “reconquistar” algo que praticamente depende muito mais do outro do que seus meros esforços, sim? É equivoco meu ou estaria querendo controlar o incontrolável? Engraçado é como que podemos esquecer que isso compete aos gostos e preferências refinadas pelas experiências de vida do(a) outro(a) e não o nosso.

Quando notamos isso ocorrendo com entre duas pessoas, não demora muito para que passemos a nos condoermos com as dores de um, como se o que rejeita tornasse para nós um estímulo também aversivo, tais impressões coadunam para nos tornarmos míopes ao ponto de discriminar (perceber) que ninguém tem a obrigação de gostar de alguém. O que fazer com este sentimento que nos resta então? Assim como muitos que desconhecem o efeito de seus comportamentos vários outros se engajam em comportamentos oferecem prazeres imediatos na tentativa de sobrepor os sentimentos aversivos decorrentes dessa situação, como o abuso de substância, isso mais do que justifica a busca de um psicoterapeuta para intervir.

Enfim, as redes sociais hoje em dia, contribuem massivamente para muitos se deparar com este sentimento de rejeição, uma vez que já há recursos capazes de identificar quem deixou de seguir você ou ainda quem o deletou. Por incrível que pareça, muitos estão experimento sentimentos aversivos contingentes ao baixo índice de curtidas que suas fotos receberam ou ainda pela evasão de seguidores.

Em suma o assunto é inesgotável, mas se fez sentido, compartilhe essa mensagem e claro, não vá se humilhar, busque um psicoterapeuta para você se inteirar mais.

Faz sentido? Compartilhe esta matéria.

Rolemberg Martins - CRP: 0429906

Ninguém é obrigado a gostar de você!