Ansiedade
Costumo dizer que essa palavra – ansiedade – não costuma representar tamanhos desconfortos experimentados por uma pessoa. Os sintomas podem variar e vão desde: coração acelerado, arrepios, hiperventilação, sensação de sufocamento ou afogamento, sudorese, dores e tremores, decréscimo das eficiências comportamentais como dificuldades de concentração, relatos verbais de angústia, apreensão, medo, insegurança, mal-estar indefinido, etc.
Quando se fala de estímulos ambientais com propriedades aversivas, estes fazem com que nosso corpo tende a responder de forma reflexa (isto é, que não exige histórico de aprendizagem) a certos estímulos, como sons abruptos e estridentes, altas ou baixas temperaturas, dores advindas de colisões, tombos, pancadas, choques o que faz com que ativa reações fisiológicas em nós reflexas autonômicas – por quê autonômicas? Porque não temos o controle para impedi-las de manifestar, isso explica também o porquê da sensação de incontrolabilidade. Quando se fala de estímulos que “ tornam-se condicionados”, são aqueles que não tinham o potencial de desencadear nenhuma reação fisiológica no organismo, mas que pelo simples fato de estar presente a estímulos aversivos que ativam o sistema autonômico, eles tornam-se condicionados, passando a desencadear por si só as mesmas reações fisiológicas da ativação autonômica.
E por fim, quando assim a pessoa se sente (ansiosa), ela tenderá a se comportar, ou evadindo-se de uma determinada situação ou ainda nem indo em certas ocasiões que poderiam desencadear os sintomas, a isso chama-se comportamentos de fuga-e-esquiva (Banaco, R. A. e Zamignani, D. R, 2004; Coelho, N. L. e Tourinho, E. Z. 2008). Mas será que fazer essa fuga-e-esquiva é realmente benéfico ou mantém a ansiedade?
O trabalho consiste em uma avaliação sistematizada para analisar as variáveis que possam estar disparando(controlando) o quadro sintomático no cliente – mesmo que a maioria verbaliza que os sintomas surgem do nada e isso se difere de cliente para cliente, assim como também se procura identificar os possíveis comportamentos de fuga e então definir as estratégias de intervenções que melhor convier ao caso em questão.